O Gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai eVenezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais e florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude.
O gavião-bombachinha-grande é uma espécie exclusivamente florestal, mede de 30 a 42 cm. O adulto apresenta plumagem cinza na parte ventral e cinza-escuro no dorso, com calções alaranjados e cauda com três barras cinzas. Seu peso é de 205 a 250 gramas.
Sua alimentação é constituída de aves, especialmente sabiás (Turdus e Mimus) e pequenas pombas, comem também pequenos mamíferos e lagartos. Caça utilizando poleiros para localizar suas presas, ou voando sobre as copas. Um indivíduo foi observado caçando como um falcão, planando a grande altitude e posteriormente fazendo um mergulho picado sobre um grupo de S. flaveola e Z. capensis (com. pess. Jorge Albuquerque).
Gavião-Cabloco
O gavião-caboclo (Buteogallus meridionalis) é um gavião campestre da família dos acipitrídeos, que ocorre do Panamá à Argentina e em todo o Brasil. A espécie mede cerca de 55 cm de comprimento, com plumagem ferrugínea, asas avermelhadas com pontas negras e cauda negra com faixa branca e ponta esbranquiçada. Também é conhecida pelos nomes de casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-puva, gavião-telha e gavião-tinga.
A espécie mede cerca de 55 cm de comprimento, com plumagem ferrugínea. A adulto é todo marrom avermelhado, com a ponta das asas e cauda negras e penas longas. Possui uma faixa branca, estreita, na cauda. Pernas e pele nua das narinas, amarelas. Bico negro e olho marrom avermelhado. Como em outros gaviões, o jovem é muito diferente. Cores apagadas, cinza amarronzado nas costas e barriga creme, com riscos verticais escuros e uma semi-coleira escura. Sobre os olhos, uma listra clara. A cauda é creme, com finas listras escuras. Faixa larga subterminal negra. Penas longas das asas com listras finas e ponta negra.
Gavião-Caburé
O Gavião-caburé (Micrastur ruficollis) é uma ave falconiforme, da família dos falconídeos, que ocorre do México à Argentina, Bolívia e grande parte do Brasil, em matas e até dentro das cidades. A espécie mede cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem cinza-escura ou parda, nas partes superiores, garganta, peito e partes inferiores barradas de branco e negro, cauda negra com finas faixas brancas, face nua com região perioftálmica amarelo-esverdeada e pés alaranjados. Também é conhecida pelos nomes de falcão-caburé e gavião-mateiro.
Alimenta-se de grandes besouros e outros insetos, passarinhos, pequenos lagartos e cobras. Eventualmente captura insetos afugentados por formigas-de-correição, inclusive no chão.
Falcão-Críptico
O Falcão-críptico (Micrastur mintoni) é uma espécie de ave de rapina da família Falconidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Bolívia e Brasil. Foi descoberta na Amazônia em 2002.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Falcão-de-Buckley
O Falcão-de-buckley (Micrastur buckleyi) é uma espécie de ave de rapina da família Falconidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Falcão-de-Coleira
O falcão-de-coleira (Falco femoralis) é um falcão campestre com ampla distribuição nas Américas, em ecossistemas abertos, os quais favorecem. Sua área de distribuição histórica vai da Patagônia ao Texas - na qual só está ausente da Bacia Amazônica - havendo, no entanto, desaparecido do território dos EUA durante a década de 1950, fazendo-se atualmente esforços para a sua reintrodução neste país mediante a liberação na natureza de exemplares criados em cativeiro.
A espécie chega a medir 36 cm de comprimento, possuindo dorso cinza-escuro, grandes faixas superciliares brancas ligando-se na nuca, faixa malar distinta, abdome castanho, asas e cauda muito alongadas. Também é conhecido pelos nomes de gavião-de-coleira e gavião-pombo.
Caça pequenos animais e insetos em espaços abertos, e gosta de freqüentar áreas de queimadas em busca de animais fugindo do fogo. Pela mesma razão, no Parque Nacional das Emas, foi visto associar-se ao lobo-guará ao qual segue para apoderar-se de animais por ele espantados na vegetação rasteira.
Assim como outros falcões, costuma ser monogâmico e o casal passa boa parte do tempo unido. Possuem território reprodutivo fixo e costumam fazer o ninho no mesmo local ano após ano. Geralmente escolhem árvores isoladas em descampados, com 5 a 7 metros de altura, para seus ninhos. Já foram encontrados nidificando até mesmo em postes elétricos. A postura dos ovos, que são em média 3, tem início entre agosto e setembro. A fêmea é encarregada da incubação e, após a eclosão, esta cuida dos filhotes enquanto o macho sai em busca de alimento.
Caracoleiro
O Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus) é uma ave falconiforme (ou accipitriforme, segundo a classificação da União Ornitológica Internacional), da família dos acipitrídeos, presente do México até a Argentina e em algumas regiões do Brasil. Tais aves de rapina chegam a medir até 42 cm de comprimento, com plumagem variável, por vezes com partes superiores pardas e inferiores barradas de cinzento, loros com mancha laranja e olhos brancos. Recebem tal nome popular devido ao fato de se alimentarem de aranhas, insetos e caramujos arborícolas e terrícolas que chegam a engolir com casca, ao contrário do caramujeiro. Também são conhecidos pelo nome de gavião-de-bico-de-gancho.
Tanatau
Tanatau (Micrastur mirandollei) é uma rara ave falconiforme da família dos falconídeos presente em boa parte da América do Sul. Tais aves chegam a medir até 45 cm de comprimento, com partes superiores cinzento-escuras, inferiores brancas, cauda negra com a ponta e três finas faixas brancas. Também são conhecidas pelo nome de tanató.
Falcão-Relógio
O falcão-relógio é uma ave falconiforme da família Falconidae.
Devido a seu porte (mede entre 46 e 56 cm), é surpreendente como é de difícil observação. Macho e fêmea são idênticos, esta um pouco maior. A cor da plumagem varia entre indivíduos, havendo exemplares completamente negros, com algumas listras laterais claras na barriga. A plumagem mais característica é negra nas costas, parte superior do pescoço e alto da cabeça. As partes inferiores são brancas ou avermelhadas, com um colar da mesma cor na garganta, estendendo-se pela nuca. Logo abaixo dos olhos (muito grandes e escuros), há uma área da mesma cor da garganta. Entre essa região e o colar nucal, existe uma faixa negra, estreita e ligada ao alto da cabeça. Em qualquer plumagem, a longa cauda é negra, com 4 finas listras brancas, muito separadas entre si. As pernas são longas, amarelas, enquanto a pele nua das narinas é esverdeada e conectada à pele nua e proeminente ao redor dos olhos.
Falcão-de-Peito-Laranja
O falcão-de-peito-laranja (Falco deiroleucus) é um falcão raro que ocorre do México à Argentina, Bolívia e por quase todo o Brasil, em cerrados e orla de matas. A espécie mede cerca de 35 cm de comprimento, com dorso negro, peito com região anterior avermelhada e posterior negra, partes inferiores das asas negras com bordas e manchas amareladas. Não é considerado como uma espécie globalmente ameaçada de extinção pela UICN, mas, não obstante, é raro em toda a sua área de distribuição.
É um predador de aves, possuindo garras poderosas adaptadas à captura deste tipo de presas, e, segundo Helmut Sick, pode ser considerado como substituindo o falcão-peregrino na América Tropical.
Falcão-Peregrino
O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes exceto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituída na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.
Gavião-Preto
O gavião-preto (Buteogallus urubitinga) é gavião que ocorre do México à Argentina, e em todo o Brasil, nas beiras de matas e nos brejos. A espécie mede cerca de 63 cm de comprimento, plumagem negra com barras cinzentas nas asas, base da cauda branca, cera e pernas amarelas. Alimenta-se de anfíbios, répteis, aves, pequenos mamíferos e também de frutas. Também é conhecido pelos nomes de acocolino, cã-cã, cancã, cauã, caureí, corocoturu, gavião-belo, gavião-caipira, gavião-caripira, gavião-fumaça, gavião-tinga, japucanimpium, tauató-preto e urubutinga.
Faz ninho no alto de árvores próximas à rios e pântanos.
Gavião-Camujeiro
O Gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) é um gavião paludícola, da família dos acipitrídeos, exclusivamente malófago, encontrado em locais pantanosos da América tropical e temperada. A espécie mede cerca de 41 cm de comprimento, bico muito adunco; o macho tem coloração cinza-ardósia, cauda com base branca, cera e pés laranja; a fêmea e o imaturo têm faixa supra-ocular e garganta esbranquiçadas e lado inferior barrado de creme. É uma espécie dependente da existência do molusco aquático chamado aruá (gênero Pomacea, Ampullariidae), seu único alimento.
Alimenta-se quase exclusivamente de grandes caramujos aquáticos chamados aruás. Utiliza o bico curvo para retirar as partes moles dos caramujos, deixando cair a casca vazia. Captura os aruás executando um vôo rasante sobre os pântanos, pegando-os no chão com apenas um dos pés e empoleirando-se para comer. Ocasionalmente, em algumas regiões, como no Pantanal de Mato Grosso e na Venezuela, alimenta-se também de pequenos caranguejos.
Gavião-Carijó
O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris) é um gavião da família dos acipitrídeos, encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil.
A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais abundante.
O gavião-carijó vive em casais que constroem ninhos com cerca de meio metro de diâmetro no topo de árvores. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho.
Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé e indaié.
Gavião-Carrapateiro
O Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima) é uma ave da ordem Ciconiiformes (antigamente Falconiformes), da família dos falconídeos, que ocorre da América Central ao norte do Uruguai e da Argentina e em todo o Brasil, onde é um dos gaviões mais conhecidos. A espécie possui cerca de 40 cm de comprimento, dorso marrom-escuro, cabeça, pescoço e partes inferiores branco-amareladas, face nua e alaranjada, asas longas, com nítida mancha branca, e cauda longa. É associado à pecuária, alimentando-se de carrapatos e bernes, além de lagartas, cupins e outros itens alimentares. Também é conhecido pelos nomes de caracará-branco, caracaraí, caracaratinga, carapinhé, chimango, gavião-pinhé, papa-bicheira, pinhé, pinhém, chimango, chimango-branco e chimango-carrapateiro e chimango-do-campo.
Recebe o nome popular de carrapateiro por ser comumente observado alimentando-se de carrapatos ou bernes de bovinos e de eqüinos. Esta espécie de gavião, assim como Polyborus plancus, o carcará, é muito comum, inclusive em áreas urbanas, sendo talvez a ave de rapina mais visível nas cidades brasileiras, com exceção do urubu, por conta de sua abundância (pode ser visto até nas torres de iluminação do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro), do seu vôo lento - que inclusive o torna alvo de ataques do bem-te-vi e outras aves - e das suas vocalizações freqüentes. Quando em sobrevôo, emite um grito agudo que soa como "pinhé", semelhante ao canto do gavião carijó (Buteo magnirostris). Alimentação: artrópodes, principalmente carrapatos, frutos e, mais raramente, cadáveres; saqueia ninhos de outras aves e captura pequenos vertebrados indefesos ou depauperados. Nidificação: constroem grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras ou em outras árvores. Os ovos, de 5 a 7, são redondos, pardo-amarelos com manchas pardo-vermelhas. A fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o alimento durante tal período. Nos Falconiformes, o tempo de incubação é de 4 a 8 semanas; após o nascimento dos filhotes o macho continua a alimentar a fêmea e esta, por sua vez , os jovens. Habitat: pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias. Tamanho: 40,0 cm.
Gavião-da-Europa
Rapina com 30 a 39 cm de comprimento e envergadura de 58 a 77 cm. A fêmea é bastante maior que o macho, aproximando-se do tamanho de um açor macho. O gavião macho tem uma coloração azul carregado no dorso e barras finas e avermelhadas na parte inferior do corpo. A coloração da fêmea é bastante mais acinzentada que a do macho. O corpo de ambos é estreito com pernas longas e cauda relativamente comprida.
Espécie sedentária. Caracteriza-se pela diferença de tamanho das presas que macho e fêmea capturam .O macho caça aves de pequeno porte enquanto a fêmea captura espécies de porte idêntico ao do pombo. Voa freqüentemente bem alto, procurando presas, picando depois velozmente em direção ao alvo. Voa habilmente entre as árvores, quando das suas incursões nos bosques. O grito de alarme é: "CaiaiCaiaiCaiai ..." , o piar "Pill-iii" é mais fino que o do Açor.
Alimenta-se de aves de pequeno porte (pardais, tentilhões, chapins, ...), tordos e pombos.
Gavião-da-Cabeça-Cinza
O gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis) é uma ave falconiforme (accipitriforme segundo a União Ornitológica Internacional) da família Accipitridae.
Mede de 46 a 54 cm de comprimento. Possui asas e cauda longa, no adulto, a cabeça cinza destaca-se da barriga e peito brancos, bem como das costas negras. A cauda, negra, possui três largas faixas brancas, sendo a mais interna menor e parcialmente escondida pelas penas do ventre. As pernas são poderosas e cinza azuladas, mesma cor da pele nua das narinas. O juvenil possui uma plumagem diferente. O alto da cabeça é escuro, com a cabeça, pescoço e barriga brancas. O dorso, embora negro como no adulto, não é uniforme e possui áreas mais claras. A pele nua ao redor das narinas, da cara e as pernas são amarelas. Nos juvenis podem ocorrer a fase escura e fase clara.
A dieta desse gavião é variada, composta por larvas de insetos e insetos adultos como vespas, formigas, besouros e gafanhotos, além de ovos de aves e pequenos invertebrados, como moluscos (Hilty e Brown 1986). Ainda pode capturar com agilidade insetos em voo e até cobras e pequenos lagartos.
Gavião-de-Anta
O gavião-de-anta (Daptrius ater) é uma ave falconiforme, onívora, da família dos falconídeos, com distribuição amazônica e meridional até os estados brasileiros do Maranhão, Mato Grosso e a Bolívia, vivendo em beira de rios e clareiras de mata. Chega a medir até 41 cm de comprimento, plumagem negra, garganta nua amarela, cauda com base branca e pernas de cor laranja. Também é conhecido pelos nomes de cã-cã, cancão-de-anta, caracaí, caracaraí, corocoturi, corocoturu e grogoturi.
É onívoro, alimentando-se de carniça, larvas de besouros corta-pau, tanajuras, sapinhos e rãs, lagartos, cobras, filhotes de pássaros, pequenos mamíferos e peixes. Tira também carrapatos de antas e de veados. Gosta de frutos, como cocos de buriti e de dendê. Procura queimadas para alimentar-se de insetos e ou-tros animais em fuga.
Gavião-de-Cara-Preta
O gavião-de-cara-preta é muito parecido com o Leucopternis albicollis, praticamente uma versão pequena dele, mas é distinguido por seu rosto de cara preta e seus pés alaranjados e pela faixa branca no meio da cauda.
Mede de 37 a 42 cm, os machos pesam de 297-317 g e as fêmeas 239-380 g, representante pequeno de coloração alvinegra, é relativamente raro.
Caça dentro da floresta que permanece por um tempo curto ao procurar pela presa que consiste na maioria das vezes répteis.
É distribuido no Norte do Brasil do Amazonas, e das Guianas e na Venezuela. Há alguns registros no Equador, no Peru e na Colômbia.
Gavião-de-Pescoço-Branco
A espécie foi considerada por muito tempo como uma variação do imaturo do gavião-de-cabeça-cinza, Leptodon cayanensis, até que Swann (1922) o descreveu como uma forma independente. É conhecido originalmente pelo único espécime-tipo, coletado em 1880 e depositado na coleção do British Museum of Natural History, Tring (BMNH), procedente de Pernambuco. Posteriormente, um macho e uma fêmea adultos e uma fêmea subadulta foram coletados em Alagoas e depositados no Museu Nacional do Rio de Janeiro (Teixeira et al. 1987a,b, Ferguson-Lees e Christie 2001). Alguns autores consideram a possibilidade de ser apenas uma variação do L. cayanensis (Sick, 1997, Mallet-Rodrigues 2005) mais foi reconhecida pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2006) como um táxon independente.
A dieta desse gavião é variada, composta por larvas de insetos e insetos adultos como vespas, formigas, besouros e gafanhotos, além de ovos de aves e pequenos invertebrados, como moluscos e ainda pode capturar com agilidade insetos em voo e até cobras e pequenos lagartos.
Gavião-de-Rabo-Branco
O gavião-de-rabo-branco (Buteo albicaudatus) é uma ave pertencente à ordem Falconiformes), família Accipitridae, de porte médio para grande, entre 44 e 60 cm, em média. Ocorre principalmente no Centro, no Sul e no extremo Norte brasileiro.
Ave de rapina de porte compacto, com plumagem negro-acizentada, com exceção do entorno dos olhos, que é branco, e a cauda, que é branca e barrada de preto. Tem o bico negro-acinzentado e o cerume amarelado.
Alimenta-se de insetos, reptéis, mamíferos, anfíbios e até outras aves de menor porte. Também vasculha estradas em busca de animais atropelados.
O gavião-de-rabo-branco é um búteo ou águia-de-asa-redonda, e , como todas as aves de rapina assim classificadas (do gênero Buteo)é menos um predador especializado do que um generalista, que se concentra em presas de pequeno tamanho e de fácil captura. Pratica a caça de espreita lançando-se sobre a presa de um galho, tronco, estaca ou mesmo de postes de iluminação. Segundo Helmut Sick,a ave teria evoluido para mimetizar o urubu - com o qual é confundido pelo porte e coloração - o que lhe permitiria aproximar-se de suas presas sem produzir alarme, já que o urubu é um carniceiro estrito que não ataca presas vivas.
Gavião-de-Sobre-Banco
Mede de 33 a 38 cm e pesa cerca de 290g, com plumagem geral negra, calções alaranjados, e cauda apresentando duas barras cinzas.
Possui dieta baseada em répteis, anfíbios, pequenos mamíferos e insetos.
Põe um ou dois ovos. Registrado na Argentina colocando de 2 e 3 ovos.
Este falconiforme florestal é escassamente conhecido, aparenta ser naturalmente incomum em toda a sua área de distribuição. Geralmente encontrado em florestas de elevações entre 1400 e 3300 metros de altitude. Recentemente foi encontrado na área de influência da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, no rio Pelotas(ICMBIO, 2008).
Gavião-do-Mangue
O Gavião-do-mangue ou caranguejeiro (Buteogallus aequinoctialis) é um gavião da família dos acipitrídeos
Apresenta cabeça, pescoço e partes superiores pardos-anegradas. Dorso e asas marrom escuro com bordas rufas. Cauda preta com borda branca e estreita faixa mediana branca. Olhos marrons, cera e pernas amarelas. Mede de 42 a 46 centímetros, com peso de 595 a 796 gramas.
Alimenta-se principalmente de caranguejos que captura após mergulho a partir de um poleiro.
Vivem na região costeira, manguezais, pântanos, bordas de rios.
Usualmente visto em pares. Pode ser observado sobrevoando manguezais.
Gavião-do-Banhado
O gavião-do-banhado ou tartaranhão-do-brejo (Circus buffoni) é é um gavião paludícola da família Accipitridae.Também conhecida como gaviao-do-alagado.
Gavião em estado de extinção no sudeste do país pela perda de habitat.
Mede de 46 a 60 cm de comprimento. Inconfundível ave paludícola de asas e cauda extremamente compridas.
Caçam anfíbios, mamíferos, pássaros chocando no ninho com seus ovos e filhotes e outros pequenos animais. Consta que consome ovos de outras aves voando sobre áreas úmidas paludosas como o gavião-cinza (Circus cinereus). Foi observado consumindo ovos da marreca-de-cabeça-preta (Heteronetta atricapilla). Até captura o quiriquiri (Falco sparverius) em áreas campestres, começando a devorá-lo pela cabeça. Caça em bandos esparsos (no caso 3) nos amplos banhados do Depto de Rocha. Planam a meia altura (de 1 a 5m), com movimentos de asa elegantes que serviam mais para corrigir o vôo. Concentram-se na caçada. com os olhos fixos no solo, não se incomodando muito com nossa presença.Ao avistar a presa, com um movimento rápido de mergulho e quase vertical, atiram-se e capturam a presa com uma das patas, logo matando-a com o bico.Ao aproximarmos, permanecem em posição defensiva de proteção da caça (abaixados com as asas acobertando a presa). Ao chegarmos em um limite de aproximadamente 15 metros de distância, alçam vôo com a presa nas garras, procurando manterem-se em distância segura.Eles também comem quero-quero, quando sobrevoam possivelmente seu território.
Gavião-Miúdo
O gavião-miúdo (Accipiter striatus) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.Também conhecido como gaviãozinho.
As fêmeas medem 30 cm de comprimento com um peso de 145 a 215 gramas. Os machos medem os 27 cm e pesa cerca de 85 a 125 gramas. Possui flancos e calções ferrugíneos uniformes. Como é comum nas aves de rapina, as fêmeas desta espécie são maiores do que os machos( estes tem o porte um pouco maior que um sabiá), possui a cauda e dedos muito longos.
Apesar de pequeno não hesita em atacar uma presa maior, pássaros são sua dieta habitual, caça a partir de um poleiro, mas ele é bastante ágil, pode perseguir sua presa voando entre as árvores.
Botam de dois a cinco ovos, o período de incubação é de 30 a 35 dias. Um das maneiras de caça é ficar em um poleiro escondido entre a vegetação, de onde localiza a presa.
Vivem em florestas e matas. Apesar de viver oculto nas matas e bosques, ele voa abertamente de uma mata a outra.
Gavião-Papa-Gafanhoto
O gavião-papa-gafanhoto (Buteo swainsoni) é uma ave falconiforme da família Accipitridae.
Mede de 43 a 55 cm de comprimento. Trata-se de um gavião de grande porte, altamente polimórfico. O nome papa-gafanhoto faz referência à sua alimentação baseada em ortópteros.
Quase não se alimenta durante o percurso de migração, tanto na ida como na volta; mas, nos locais de reprodução ou invernada na Argentina, consome grilos e gafanhotos, além de presas terrestres como roedores, mamíferos pequenos, répteis e também pássaros e morcegos, partindo de poleiros elevados para capturar suas presas.
Gavião-Pato
O Gavião-pato (Spizastur melanoleucus ou Spizaetus melanoleucus) é um gavião da família dos acipitrídeos.
Mede de 51 a 61 cm, com envergadura de até 117 cm, pesa entre 700g a 800g. Apresenta plumagem branca na cabeça, nuca, região superior do dorso e as asas são cinza escuros quase negros. No alto da cabeça há um diminuto topete preto em forma de coroa e esta espécie apresenta ainda uma máscara preta que contrasta e destaca a íris amarela, enquanto os tarsos são completamente emplumados.
Captura principalmente aves: tucanos, papagaios, periquitos, baitacas e urus. Também se alimenta de répteis, anfíbios e mamíferos pequenos.
Constrói o ninho no alto das árvores de grande emergentes podendo atingir 1 metro de diâmetro. Os filhotes obtêm a plumagem de adulto ao término da primeira muda com um ano de idade. Assim como os outros rapinantes semelhantes os jovens desta espécie são dependentes dos adultos até um mínimo de um ano de idade, não se afastando do ninho durante esse período.
Gavião-de-Penacho
O gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) é um gavião florestal, da família dos acipitrídeos. É considerado pelo IBAMA como ameaçado de extinção no Brasil, mas não é tido como espécie globalmente ameaçada pela IUCN. Também é conhecido pelos nomes de apacanim, inapacanim e urutaurana.
Mede cerca de 67 cm de comprimento e 140 cm de envergadura.
Caçam aves, pequenos mamíferos (ratos, mucuras) e répteis (cobras, lagartos), que captura tanto no solo quanto nos galhos da copa.
Realiza vôos de acasalamento um ou dois meses antes do início da postura dos ovos, quando a fêmea permanece em poleiros nas proximidades do ninho, construído no topo de árvores com alturas que variam de 16 a 30 metros, normalmente em bifurcação primária ou secundária, é uma imensa plataforma de galhos secos que ultrapassam 1 metro de comprimento e largura.. No Brasil, a época reprodutiva se inicia em agosto com os trabalhos de retoque do ninho. A postura é de único ovo, sendo incubado durante 48 a 51 dias. A fêmea fica responsável pela incubação no ninho sendo alimentada pelo macho, como acontece com outras espécies do gênero e outras águias de grande porte. O filhote abandona o ninho com mais de 80 dias, mas permanece no sítio reprodutivo e dependendo dos pais por, cerca de 15 meses, fazendo com que haja um intervalo de pelo menos dois anos entre uma reprodução e outra.
Gavião-Pega-Macaco
O Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) é um gavião da família dos acipitrídeos, que ocorre do México à República da Argentina e em todo o Brasil. A espécie possui cerca de 72 cm de comprimento, 2,30 de envergadura e chega a pesar até 6,5 quilos. É uma das maiores aves a ocorrer no Brasil. De plumagem negra, penacho curto, abdome e calções levemente salpicados de branco, cauda longa com três ou quatro largas faixas esbranquiçadas. A cor negra com manchas brancas torna-o uma ave de rara beleza. Seu tempo de vida é de aproximadamente 25 anos.
Carnívoro e se alimenta de animais como aves, répteis, pequenos mamíferos como morcegos e sagüis; habita florestas densas. Reproduz de agosto a dezembro, botando 1 a 2 ovos, que eclodem após 63 dias de incubação. Também é conhecido pelos nomes de apacanim, cutiú-preto, gavião-de-penacho, papa-macaco, pega-macaco, papa-mico, uiruucotim, urubutinga e urutaurana.
Gavião-Pernilongo
O gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens) é uma ave de rapina típica da América do Sul, que ocorre no Brasil, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, e zona Norte do Peru, Bolívia e Argentina. É o único membro do gênero Geranospiza.
O gavião-pernilongo é uma ave de grande porte, com 45 a 50 cm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. A sua plumagem é muito uniforme, de cor cinzenta, à exceção das remiges (penas de vôo) primárias que são pretas. A cauda é comprida e destaca-se pela cor negra e barras horizontais brancas. As patas são relativamente compridas e alaranjadas. Os olhos são vermelhos.
Este gavião habita uma grande diversidade de ambientes florestados, incluindo florestas tropicais e subtropicais, bosques temperados e manguezais. Alimenta-se de insectos, outros invertebrados e pequenos vertebrados, que caça por entre ramos de árvore.
O gavião-pernilongo têm um estado de conservação seguro.
Gavião-Pombo-Grande
O gavião-pombo-grande (Leucopternis polionota) é um ave falconiforme da família Accipitridae. Está ameaçado de extinção devido a destruição do seu habitat.
O gavião-pombo-grande mede entre 48 e 53 cm, com a região do dorso e asas cinza escuro, quase negro, e algumas coberteiras margeadas de branco. A cabeça, nuca e região do peito e ventre são de um branco imaculado, enquanto a cauda curta apresenta cor preta da base até a região mediana, branca no restante, Imaturo: de cabeça e pescoço rajados. Espécie de porte avantajado. Voz: Seqüência de assobios finos “bibibi…bibibi…”.
Sobre seus hábitos alimentares, Martuscelli (1996) descreve observações de capturas de sabiá (Turdus albicollis), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e alma-de-gato (Piaya cayana). Também capturam répteis e pequenos mamíferos (roedores).
Na época da reprodução faz o ninho com galhos secos no alto das árvores.
Vive em florestas primárias e secundárias, mas existem várias observações de indivíduos freqüentando matas bem alteradas e plantações. Costuma sobrevoar a pouca altura das florestas.
Gavião-Pombo-Pequeno
O gavião-pombo-pequeno (Leucopternis lacernulata) é um gavião da família dos acipitrídeos. Também é conhecido pelo nome de gavião-pomba.
Possui a cabeça e partes inferiores do corpo de cor branco-puro, em vôo pode ser confundido com pombos, o dorso é anegrado. As asas têm desenho negro na face ventral, sendo também negra na face dorsal. Cauda curta e branca, com base estreita e faixa anteapical negra. Por causa da cor branco-puro a espécie destaca-se à distância. Possui 43 a 52cm de comprimento, envergadura 96cm, asa 295mm, cauda 157mm, bico 23mm e tarso 85mm.
Alimenta-se de aranhas, pequenas cobras, roedores, pequenos mamíferos, lagartixas, insetos, aves e mocós. Forrageia animais espantados no solo por formigas-de-correição e por bandos de macacos ou quatis que servem de “batedores”.
Sovi
O sovi ou gavião-sauveiro (Ictinia plumbea) é um gavião da família dos acipitrídeos.O Gavião-saúveiro ou Sovi, é uma espécie bem comum no nosso país, vive nas bordas de florestas e campos, pode ser visto sobrevoando queimadas para caçar.
Possui aproximadamente 34 cm de comprimento. Pequena e comum, de asas estreitas e compridas. Inteiramente cinza-ardósia, com a face interior das primárias intensamente castanha. Olhos vermelhos, pernas alaranjadas. O indivíduo imaturo apresenta as partes inferiores brancas estriadas, tendo manchado também de branco o vértice.
Alimentam-se principalmente em revoadas de formigas, cupins e outros insetos, os quais capturam com os pés e come ainda em pleno vôo. Também captura pequenas presas na copa da floresta e pequenos lagartos e cobras no chão.
Gavião-Tesoura
O Gavião-tesoura ou gavião-tesoira (Elanoides forficatus) é um gavião da família dos acipitrídeos, com ampla distribuição da América Central ao Norte da República da Argentina, encontrado em todo o Brasil. A espécie chega a medir até 66cm de comprimento, com dorso e asas negras, cabeça e partes inferiores brancas, e cauda extremamente furcada, negra, semelhante à do tesourão. Também é conhecido pelos nomes de gavião-das-taperas, gavião-tesoira, itapema, tapema e tesourão.
Um dos mais espetaculares gaviões, devido ao perfil formado pela longa cauda negra em “V”, que o batizou com seu nome gavião tesoura, e torna extremamente fácil reconhecê-lo em vôo. O corpo delgado com pés e pernas muito pequenos. Possuem patas com garras fortes, bico em formato de gancho e asas bem desenvolvidas. As fêmeas são maiores que os machos. Atinge de comprimento 52 a 66 cm. As asas têm uma envergadura de 120 a 135 cm. O peso máximo nos machos é de 407 gramas e nas fêmeas de 435 gramas.
Entre as Aves de Rapina essa é uma das mais sociáveis, vivem em pequenos grupos que podem chegar até 30 indivíduos. No ar é muito ágil, voa com grande habilidade entre as árvores, manobrando rapidamente sobre copa das árvores ou passando logo abaixo delas. Ali busca seu alimento, onde se misturam aves, pequenos lagartos, cobras arborícolas e lagartas. Costuma apanhar frutos nas árvores, nesses rápidos vôos de passagem. Também captura insectos em vôo. Usa as correntes térmicas para adquirir a altura.
Com a chegada da época de reprodução, o macho e fêmea se conquistam fazendo belas apresentações de vôo e costumam ficar juntos por toda a vida. O ninho é feito em colônias, construído no alto de árvores, em lugares mais afastados. Geralmente selecionam um local escondido nas arvores entre as folhagens. É possível que alguns dos adultos do grupo, que não estão se reproduzindo no ano, tentam ajudar outros machos contribuindo com material para fazer o ninho. Constroem o ninho de gravetos e musgo. Botam de dois a três ovos brancos ou cremes muito pálidos. O período de incubação é de 24 a 28 dias que é realizado por ambos os pais, embora seja a mãe que permanece mais tempo no ninho. Ambos os pais alimentam e cuidam dos filhotes. Defensores, os gaviões não hesitam em atacar quem pensa em se aproximar dos filhotes. Possivelmente os filhotes deixam o ninho com seis ou sete semanas, mas continuam perto dos pais por um tempo, quando migram para a Amazônia.
Gaviãozinho
O Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) é um falconiforme (accipitriforme segundo a classificação da União Ornitológica Internacional da família accipitridae. Também é conhecido pelos nomes de cauré e cricri.
Mede cerca de 22 cm de comprimento e pesa 115 g.
Normalmente pousa no alto de postes e árvores, observando os arredores em busca de insetos, lagartos, pássaros e outras pequenas presas.
Faz um ninho delicado, com gravetos, semelhante a uma plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura. Põe 3 ovos brancos manchados de castanho.
Falcão-Americano
O falcão-americano ou quiriquiri (Falco sparverius) é Também conhecido como, falcão-quiriquiri, gavião-mirim (PE), gavião-quiriquiri (PE), gavião-rapina (NE) e gaviãozinho.
Mede de 23 a 27 cm de comprimento e pesa de 85 a 140 gramas. O macho é cinza azulado no alto da cabeça e asa, enquanto as costas e a cauda são marrom avermelhado, finamente estriadas de negro. Uma larga faixa negra subterminal na cauda e ponta branca. As partes inferiores são brancas, com pontos negros no peito e barrigas, mais densos nos lados do corpo. Possui um desenho de lágrima, negra, abaixo do olho; outra linha vertical no lado da cabeça e um ponto negro na nuca.
As fêmeas têm as costas e asas marrom avermelhada, com as estrias negras finas, sem o cinza azulado do dorso do macho ou a faixa negra subterminal na cauda. As partes inferiores são de tom marrom alaranjado claro, com riscos finos, verticais e negros, sem o padrão de pontos do macho. O desenho e cores da cabeça são iguais.
Os filhotes já saem do ninho com a plumagem do sexo correspondente.
Tatuató-Pintado
O Tauató-pintado (Accipiter poliogaster) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude. Habita florestas primárias e secundárias, bordas de mata e matas ciliares. De acordo com registros recentes, no litoral de São Paulo habita florestas de restingas e matas de baixa-encosta.
Gralhão
O gralhão ou cancão-grande (Daptrius americanus) é uma ave falconiforme, da família dos falconídeos, de distribuição amazônica e encontrada em matas e cerrados. Chega a medir até 50 cm de comprimento, plumagem alvinegra, face e garganta nuas e vermelhas, cauda longa negra, bico amarelo e pernas vermelhas. Também é conhecido pelos nomes de alma-de-caracará-preto, alma-de-tapuio, cã-cã, cancã, cancão-grande, caracará-preto e uracaçu.
O gralhão é por vezes classificado no gênero monotípico Ibycter.
Mede cerca de 50 cm de comprimento. Possui coloração negra, com papo e garganta vermelhos e porção ventral branca.
Carcará
O carcará, por vezes chamado de carancho e gavião caracará, é um falconídeo. Sua envergadura chega a 123 cm e o comprimento varia entre 50 e 60cm. Seu nome científico é Polyborus plancus ou Caracara cheriway; a subespécie brasileira é P. p. brasiliensis. É tido como ave tipicamente brasileira, tanto que Audubon o chamava, no século XIX, de águia-brasileira. No entanto, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes.
O carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo carijó/pedrês; patas compridas e de cor amarela; em vôo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.
O carcará não é, taxonomicamente, uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Diferentemente destes, no entanto, não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista (assim como os seus parentes próximos, o chimango e o gavião-carrapateiro ou chimango-branco) alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas) e acompanha os urubus em busca de carniça. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador.
Um casal de carcarás pode ser visto próximo dos humanos, por exemplo, numa área de atividade agrícola, mais especificamente, chegando a alguns metros distante de um trator que esteja arando terra, à espera de uma oportunidade de encontrar pequenos insetos e outros eventuais animais que inevitavelmente se tornam visíveis a essas aves predadoras.
Tal espécie foi adotada no ano de 2005 para representar a Agência Brasileira de Inteligência no lugar da tradicional araponga.
Ximango
O ximango (do guarani xim'xima), (Milvago chimango) (em português a palavra escreve-se com x, o que não ocorre nos demais idiomas, onde o ch é utilizado), também conhecido como caracara-ximango, tiuque ou chiuque, é uma ave rapace originária da América do Sul, ocorrendo no extremo sul do Brasil (em especial durante o inverno), em toda a Argentina, Chile e Uruguai, e em regiões do Paraguai e da Bolívia. É um animal sedentário, com grande poder de adaptação.
O ximango é encontrado em todo tipo de terreno onde a vegetação não seja muito alta, das regiões costeiras às planícies dos Pampas. São também encontrados em bosques desprovidos da vegetação secundária. Habitam desde o nível do mar até uma altitude inferior a mil metros.
A nidificação pode ser separadamente ou em colônias. A postura ocorre a partir de setembro, sendo o mês de outubro o de maior produção. Constroem seus ninhos sobre a vegetação, e a preferência pela espécie ou localização não parecem ter importância. Cada postura consiste em dois ou três ovos.
A incubação dura de 26 a 32 dias. Depois de cinco semanas os pintinhos deixam o ninho. O casal compartilha das responsabilidades nos cuidados do ninho: construção, defesa, choco e alimentação dos pintainhos.
Harpia
A harpia (Harpia harpyja) é a mais pesada e uma das maiores aves de rapina do mundo, com envergadura de 2,5 metros e peso de até 10 quilogramas.
É também conhecida como gavião-real ou uiraçu-verdadeiro - em oposição ao uiraçu-falso (Morphnus guianensis), outra espécie de ave de rapina menor e de aparência muito semelhante.
Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas.
A harpia possui, como principais características físicas, olhos pequenos, um longo topete, a crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa.
Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza, o papo e a nuca, negros, e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2,5 metros e um peso variando entre 4 e 5,5 quilogramas quando macho e entre 6 e 9 quilogramas quando fêmea.
As harpias são predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso-cinzento. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados.
Elas se aproximam morfologicamente (não se sabe se filogeneticamente) de várias outras aves de rapina tropicais de grande tamanho adaptadas à caça de grandes animais arborícolas como macacos, preguiças, lêmures, etc., tais como a águia-coroada africana, a águia-das-filipinas e a águia-da-nova-guiné. Todas essas são chamadas de águias-pega-macaco em suas localidades de origem devido ao grande porte, que coloca animais maiores, como macacos, em seu cardápio.
O habitat principal são as florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de
É rápida e possante em suas investidas. É tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades.
Ela voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos.
As harpias conservam energia se empoleirando silenciosamente, vendo e ouvindo por longos períodos de tempo. Elas caçam com curtas e rápidas investidas. As fêmeas, maiores, caçam presas mais pesadas do que os menores, mais ágeis e rápidos machos. Estas técnicas complementares podem aumentar as chances de sucesso na obtenção de comida. Grandes presas, como preguiças e macacos, costumam ser consumidas parcialmente até poderem ser transportadas para o ninho.
Sua alimentação é composta de animais de porte médio, como aves, macacos, preguiças até macacos maiores como os bugios.
Elas caçam pelo menos dezenove espécies de animais, dezesseis destas são arborícolas.
Em cativeiro são alimentados com carne, pequenos animais como pintos, ratos, etc..